quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Morreste, morri.

Oh estátua morreste
Sem nunca respirar.
Suspiros não os deste
E não soubeste amar
É certo, não viveste!
Não faria mal tentar...

Segredos não tiveste
Nem a ânsia de chegar
Imóvel permaneceste
Para teu nome honrar.

Num segundo perdeste
A vida a borbulhar
Oh estátua morreste
E a chama apagou-se
Sem nunca começar.

sábado, 6 de outubro de 2012

Palavras para quê

Palavras para quê
Quando um toque sacia
O que a alma não vê
Seja noite, seja dia.

Então cubro a minha pele
De escamas e de penas
Alienando-me daqueles
Que buscam meras certezas.

Porque o incerto atrai
O que a verdade afasta
E a palavra dita só vai
Enquanto o toque se arrasta.